As autoridades da Alemanha anunciaram um programa estatal sem precedentes no valor de até 750 bilhões de euros para apoiar a maior economia europeia e seus cidadãos. Para isso, Berlim terá de contrair uma nova dívida pela primeira vez nos últimos seis anos. Os fundos serão utilizados para mitigar os danos do surto de coronavírus para a economia do país e para o bem-estar financeiro dos cidadãos. "É um pacote muito grande com muitas medidas", disse o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, em entrevista coletiva conjunta com o ministro da Economia, Peter Altmaier. Ninguém vai ficar sem atenção. O governo pretende destinar ajuda às pequenas e médias empresas, e também às grandes empresas, concedendo a estas empréstimos sem juros e benefícios fiscais. A Alemanha pretende duplicar o número de camas nas suas unidades de cuidados intensivos. O programa estatal também inclui pagamentos individuais a todas as categorias de cidadãos. Segundo Scholz, Berlim está pronta para usar "tudo o que temos" para suavizar o impacto do novo coronavírus. A chanceler alemã Angela Merkel apelou a todos os cidadãos alemães para que se ativessem às regras que visam reduzir o contato social direto. Ela exortou-os a não acreditarem em "rumores, apenas anúncios oficiais", que são sempre traduzidos em muitas línguas. "Nós somos uma democracia. Não vivemos por coerção, mas por conhecimento e cooperação compartilhados. Esta é uma tarefa histórica, e só podemos geri-la juntos. Estou convencida de que este espírito coletivo, este 'nós nos defendemos', nos levará através deste momento difícil", acrescentou Angela Merkel.
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