A eleição do novo presidente pode ser um sério problema para o mercado mundial de petróleo, que funciona normalmente principalmente devido ao acordo OPEP +. O candidato democrata Joe Biden não parece interessado em continuar o trabalho de Donald Trump, que conseguiu convencer a Rússia a aderir ao acordo.
É muito provável que Biden alivie as sanções ao Irã e à Venezuela, e a Rússia pode sair do acordo com a Opep. Além disso, ele já chamou a Rússia de "a maior ameaça para a América no momento". Em sua campanha eleitoral, Biden prometeu rever as relações entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita. Os especialistas ainda estão confusos sobre o que o democrata realmente quis dizer. Seja como for, o resultado em qualquer caso terá um forte impacto no mercado mundial de petróleo. De acordo com uma fonte próxima ao assunto, membros importantes da OPEP estão preocupados de que tensões na aliança OPEP + possam ressurgir com Joe Biden como presidente dos EUA. Eles também acrescentaram que sentiriam falta do presidente Donald Trump, que sempre apoiou o cartel. Ele ajudou a conseguir um corte recorde na produção de petróleo. Os membros da OPEP vão tentar evitar o cancelamento do acordo sobre cortes de produção, mas o curso de ações de Biden na política externa pode realmente atrapalhar o acordo. "As sanções contra o Irã podem ser reavaliadas e então o Irã estará de volta ao mercado, então, novamente, haveria excesso de oferta e o acordo de corte atual estará em risco", informou uma fonte da Opep.
Em maio, os países da OPEP assinaram outro acordo para reduzir a produção de petróleo, no intuito de apoiar os preços do petróleo e compensar o excesso de oferta. Nos primeiros três meses, os cortes na produção totalizaram 9,7 milhões de barris por dia e, de agosto até agora, chegaram a 7,7 milhões.