Os economistas manifestam a preocupação de que o fortalecimento do dólar americano seja uma ameaça para a economia global. A divisa americana se mantém mais alta enquanto suas principais rivais estão perdendo o controle. É provável que o mundo testemunhe uma nova ordem econômica que molda seus beneficiários e perdedores. A agressiva política monetária federal desencadeia um cenário, revelando as razões para a ascensão do dólar em relação às moedas nacionais dos parceiros comerciais dos EUA. Na semana passada, de 19 a 25 de setembro, o banco central dos EUA aumentou sua taxa principal em 0,75% a 3%-3,25%. O regulador confirmou que as taxas podem subir para 4% até o final de 2022. No entanto, o dólar se torna mais atraente para os investidores. Entre as razões, o setor energético dos EUA provou ser mais resistente do que o da UE. Ao mesmo tempo, o regulador do país está conseguindo lutar contra a inflação em casa. Os economistas alertam sobre os riscos crescentes de uma crise da dívida. Os países em desenvolvimento usam o USD para cobrir sua dívida governamental e isto pode enviar suas economias para uma queda livre. Os países desenvolvidos com um índice de dívida em relação ao PIB superior a 100% também podem sofrer tumultos na política da dívida, advertiram especialistas. Quanto mais alta a taxa de câmbio do dólar americano, mais pesada a carga recai sobre outros países, especialmente os mais pobres. Neste contexto, os especialistas temem uma nova crise cambial em grande escala semelhante à que ocorreu em 1998 na Ásia. Taxas de juros mais altas aumentam os riscos para a sustentabilidade da dívida da maioria dos países que usam o dólar americano para pagar suas dívidas governamentais. Ao mesmo tempo, taxas mais altas aumentam os gastos do orçamento do Estado e reduzem a capacidade de estímulo econômico. A maioria dos países ficou presa. Neste contexto, a União Europeia está sofrendo uma inflação recorde, a China está tentando lidar com as ondas de choque do mercado imobiliário e o Japão está lutando com o aumento dos preços das commodities e das matérias-primas. A economia americana também está sob pressão em meio à queda da renda das corporações nacionais localizadas no exterior e ao declínio das exportações. Uma alternativa ao dólar poderia ser o ouro, que se mostrou um ativo seguro. O mundo começará a criar um novo modelo de desenvolvimento econômico, concluíram os especialistas.
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