Segundo a revista alemã Focus, a cooperação reforçada em energia entre a UE e os EUA envolve uma série de desafios políticos e econômicos.
Um aumento nas importações de gás natural liquefeito dos EUA pela UE implica em uma série de riscos. Nos últimos 10 anos, empresas europeias assinaram pelo menos 33 contratos para o fornecimento de GNL americano, estimam os analistas da Investigate Europe. Notavelmente, dez deles foram assinados em 2022. Isto indica uma nova dependência da Europa em relação aos Estados Unidos, diz a publicação.
Dado que a Europa cortou a maior parte das importações de gás russo, ela tem que se voltar para outros países a fim de conter a crise energética.
No entanto, a região está cada vez mais em risco de aprofundar sua dependência da maior economia do mundo. Desde que Donald Trump tomou posse como presidente, a imagem dos Estados Unidos como um parceiro confiável para a Europa foi tremendamente afetada.
É pouco provável que a situação atual afete as eleições presidenciais americanas a serem realizadas em 2024. O retorno do ex-presidente Donald Trump ou a vitória de outro republicano pode ter um impacto negativo na cooperação futura entre os EUA e a Europa, observaram os especialistas da Focus.