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O banco central brasileiro declarou novamente, desta vez em seu relatório de inflação trimestral, que a taxa de juros de referência (Selic) provavelmente cairá menos rapidamente na próxima reunião do comitê de política monetária. Em maio, o banco central reduziu os juros em um ponto percentual, para 10,25% ao ano. P>
"O recente aumento da incerteza, associado à evolução das reformas necessárias e aos ajustes na economia brasileira, dificulta a redução das estimativas da taxa de juros estrutural e as tornam mais incertas", informou o relatório do banco central. P>
O Banco de Tóquio-Mitsubishi acredita que o banco central brasileiro reforçou a visão de que a Selic cairá 0,75 pontos percentuais, para 9,5% ao ano, na próxima reunião de política monetária, e cairá em mais 0,5 pp em setembro, permanecendo em 9% nos meses seguintes. P>
Carlos Viana, diretor de política econômica do banco central brasileiro, salientou que não há compromisso com uma decisão futura. Segundo ele, o relatório trimestral apenas lembrou a mensagem da decisão de política monetária em 31 de maio. Ele também disse que é relevante "entender os fatores que serão críticos para a decisão". P>
Ele acrescentou que o aumento das incertezas políticas não preocupa o banco central, mas o impacto econômico dessas questões sim. P>
O relatório do banco central acrescentou que as expectativas de inflação permanecem enraizadas. P>
No cenário de referência, com uma taxa de câmbio constante em R $ 3,30, a inflação esperada para 2017 é de 3,8%, a mesma que no relatório anterior. Até 2018, a previsão cai para 4,3%. No cenário do mercado, as projeções são de 3,8% em 2017 e de 4,5% para 2018. Em ambos os casos, as probabilidades da inflação atingir a meta de inflação máxima são de 1%. P>
O banco central manteve sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto em 0,5% em 2017 devido aos resultados favoráveis em indicadores de atividade desde o início do ano, mas afirma no relatório que um ambiente de incerteza poderá prejudicar o desempenho econômico se continuar por um tempo prolongado. P>