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O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, subiu 0.87% na terça-feira, fechando em 65,667.62 pontos, impulsionado pelas ações da Vale e da Petrobras e pelo aumento dos preços das commodities no exterior. As ações da Vale (VALE3 + 5,08%, VALE5 + 4,75%) apresentaram o maior aumento em meio aos componentes do Ibovespa, impulsionados pelos preços do minério de ferro. A expectativa de mercado em relação a uma reforma do setor de mineração, anunciada pelo governo após o encerramento do mercado, também alterou os preços. A principal mudança nas regras atuais foi o aumento das taxas de royalties pagas pelo setor. Para o minério de ferro, a taxa de royalties variará de 2% a 4% da receita bruta de vendas de minério de ferro, dependendo dos preços globais. Até agora, a taxa era de 2% da receita líquida de vendas de minério de ferro. As ações da Petrobras (PETR3 + 2,53%, PETR4 + 2,63%) também tiveram um dia positivo, rastreando o aumento dos preços do petróleo. As ações da Fibria (FIBR3 -2,21%) foram o destaque negativo. A empresa reportou uma perda líquida de R$ 259 milhões no segundo trimestre - o seu pior resultado trimestral desde 2015. "A alta de hoje depende muito das commodities. Estamos vendo um movimento global de ações ligadas a matérias-primas, com o minério de ferro aumentando quase 2,5% e o petróleo em mais de 3%", disse Hersz Ferman, economista da Elite Corretora. No final da manhã, rumores de que o ministro das Finanças, Henrique Meirelles, poderia desistir se o governo revisar o objetivo fiscal de 2017 colocaram alguma pressão descendente sobre o mercado de ações, reduzindo os ganhos do Ibovespa. O Ministério da Fazenda negou as notícias no meio da tarde. O dólar norte-americano negociado localmente fechou a sessão de negociação aumentando 0.66%, em R$ 3.169, influenciado pelo aviso dos investidores sobre o boato de Meirelles. O Ibovespa pode ter outro dia positivo na quarta-feira, mas alguma volatilidade não é descartada, com as decisões da Reserva Federal e do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre taxas de juros adicionadas a um grande número de balanços corporativos.