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A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S & P) afirmou a classificação para "BB" do Brasil e atribuiu perspectivas negativas à nota de crédito do país. P>
De acordo com a agência, o Congresso brasileiro tem uma pequena janela de oportunidade para aprovar contas controversas diante das manobras políticas antes das eleições presidenciais de 2018. p>
"Com o apoio do governo, o Congresso já apresentou algumas medidas que devem fortalecer o caminho e o crescimento fiscal do Brasil, mesmo em face do ambiente político adverso nos últimos meses", afirmou a S & P em um relatório. P>
A agência de rating observou que, dada a necessidade de uma reforma fiscal no Brasil, novos esforços para redirecionar a rigidez orçamentária não podem esperar até as eleições de 2018, principalmente devido à alta e crescente dívida brasileira. Neste contexto, a S & P cita os avanços na reforma das pensões e o corte de subsídios para o financiamento do setor público. P>
"Se o Congresso não aprovar importantes projetos de leis fiscais, isso significará a ausência de uma resolução política, por isso poderemos reduzir as classificações em face da falta de governança e falta de compromisso político em vários níveis de governo, informou o "S & P. P>
A agência de classificação de risco também observou que um rebaixamento pode acontecer se o governo renunciar ao seu compromisso de racionalizar e conter as despesas neste ano e no próximo. P>
"A revisão das metas fiscais devido às despesas difere das revisões relacionadas à falta de receita, juntamente com uma recuperação de cobrança de impostos ou atrasos nas receitas de concessão não recorrentes", afirmou a S & P. P>
Entre os fatores que poderão estabilizar a classificação de crédito do Brasil, a agência menciona o compromisso político do governo, incluindo o Congresso, para mitigar a deterioração fiscal e fortalecer as perspectivas de crescimento econômico. P>
"Esperamos que esses fatores ajudem o Brasil a solidificar a recuperação econômica, melhorar o desempenho fiscal ao longo dos anos e proporcionar mais espaço para manobras em caso de choque", afirmou. P>
A S & P também afirmou que os casos de corrupção envolvendo executivos e empresas públicas e privadas brasileiras contribuíram para aumentar a incerteza política no médio prazo. P>
"As investigações de corrupção atingiram políticos e partidos em todas as frentes. Embora represente um fator de risco para a governança, a independência de tais investigações fortalece o poder das instituições", afirmou a S & P. P>
Em relação a economia, a agência de rating destaca a recuperação brasileira após períodos de contração. Embora a expectativa de crescimento para o país ainda esteja abaixo dos seus homólogos, a S & P espera que a economia brasileira cresça 0,5% este ano e 2% no próximo ano. A taxa de inflação deve acelerar à medida que a economia ganha impulso, mas deve permanecer dentro do alvo do banco central. P>
Em relação à política monetária, a S & P afirma que o ciclo de relaxamento iniciado em outubro de 2016 pelo banco central brasileiro deve continuar até o final de 2017. A taxa básica de juros (Selic) já foi reduzida em cinco pontos percentuais (pp) desde o início deste ciclo, para 9,25% a partir de julho. P>