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Depois de um momento de pânico nos mercados brasileiros, o Ibovespa desacelerou a queda acentuada e caiu 2,97% para 73.851,43 pontos na quinta-feira, enquanto os investidores especulam sobre uma possível ação do Banco Central do país em alta - o que também pode impactar inflação. Incertezas sobre as perspectivas eleitorais no Brasil também pesam muito sobre o índice. Pesquisas de opinião mostram dois candidatos - Jair Bolsonaro e Ciro Gomes - mal vistos pelos participantes do mercado. "Aquele foi um momento de pânico, deu a impressão de que haveria um disjuntor por causa da velocidade da queda. As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, o estrangeiro está especulando sobre a moeda brasileira, talvez a central O banco até tem que aumentar o interesse na próxima reunião. Foi um cenário muito abrupto para o Brasil ", disse o analista da Terra Investimentos, Regis Chinchila. No pior momento, o Ibovespa caiu quase 7%. Para o sócio da DNAinvest, Leonardo Ramos, realmente há uma mudança de cenário para o Brasil, catalisada pela falta de força do governo durante a greve dos caminhoneiros. "O futuro é incerto para o país, há uma boa chance de que um candidato populista vença as eleições, e não apenas à esquerda, como Ciro Gomes, mas à direita, igualmente populista, como Bolsonaro." O dólar norte-americano negociado localmente, que quebrou R $ 3,95, fechou em alta de 2,24%, cotado a R $ 3,925. Espera-se que as taxas futuras de depósito interbancário de um dia (taxas DI) sejam de 7,585% em janeiro de 2019. Para Ramos, o Banco Central pode atuar sobre as taxas de juros na próxima reunião e há uma chance de que o dólar mais alto impacto direto sobre a inflação. Segundo Chinchila, a notícia de que Márcio Franço, do PSB, teria sinalizado apoio a Ciro Gomes abriu espaço para o forte movimento de vendas. Ramos acredita em uma debandada de estrangeiros, que acabaram comprando o dólar. Ramos não descarta a possibilidade de um aumento de "pontos e técnicas" para sexta-feira, mas observa que a tendência do índice permanece pessimista, devido à incerteza eleitoral e à pouca força que Geraldo Alckmin, o candidato preferido do mercado, mostrou nas pesquisas.