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Os preços do ouro tiveram uma ligeira queda nesta quinta-feira, à medida que o dólar se fortaleceu, e os rendimentos dos títulos subiram devido aos temores de que as taxas de juros dos EUA possam permanecer mais altas por mais tempo. O ouro à vista caiu 0,3%, para US$ 1.831,17 a onça, enquanto os contratos futuros de ouro dos EUA caíram meio por cento, para US$ 1.836,55. O dólar manteve-se firme hoje depois que um indicador da indústria dos EUA contraiu pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, mas a medida de preços pagos atingiu seu nível mais alto desde setembro, mantendo a pressão sobre o banco central dos EUA para aumentar ainda mais as taxas nos próximos meses. O banco central dos EUA precisa elevar a taxa dos fundos federais para entre 5% e 5,25% e mantê-la “até 2024” para controlar a inflação, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, na quarta-feira. Separadamente, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, também pediu taxas mais altas, acrescentando que está “aberto” em um aumento de 25 bps ou de 50 bps na próxima reunião do banco central dos EUA em março. Os futuros dos fundos do Fed mostram que os mercados esperam uma taxa máxima de 5,5% em setembro. No entanto, dados divulgados um pouco antes mostravam que a inflação da Zona do Euro desacelerou menos do que o esperado em fevereiro. Joachim Nagel, do BCE, disse na quarta-feira que o banco central pode precisar de grandes aumentos nas taxas de juros após março para combater a alta inflação. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse ao programa de televisão espanhola "Espejo Público", que os aumentos das taxas de juros podem precisar continuar além de um movimento planejado de meio ponto em duas semanas. Em outro lugar, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse em seu discurso na Conferência de Custo de Vida do Brunswick Group em Londres que as taxas podem subir ainda mais se as pressões inflacionárias se tornarem incorporadas.
