01.06.202312:41:00UTC+00Retração da produção industrial do Reino Unido se aprofunda em maio.

Nesta quinta-feira, os resultados da pesquisa da S&P Global, revelaram que a desaceleração do setor industrial britânico piorou em maio, com a produção, o volume de novos pedidos e o nível de emprego caindo a taxas mais rápidas em meio aos ventos contrários das fracas condições dos mercados interno e externo e da redução do estoque dos clientes. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Chartered Institute of Procurement & Supply (Instituto Chartered de Compras e Suprimentos) caiu para um recorde de baixa de quatro meses de 47,1 em maio, em comparação com 47,8 em março. A estimativa provisória foi de 46,9. Todos os componentes do PMI, a saber, produção, novos pedidos, emprego, estoques de compras e prazos de entrega dos fornecedores, indicaram uma deterioração no desempenho operacional, segundo a pesquisa. A produção caiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, devido à entrada mais fraca de novos pedidos, à escassez de componentes e à redução do estoque dos clientes. Os níveis mais baixos de produção também foram afetados pelo feriado extra. A taxa de queda no volume de novos pedidos foi a mais rápida em quatro meses, refletindo a demanda mais fraca de clientes nacionais e estrangeiros. A entrada de novos trabalhos dos EUA e da Europa foi mais fraca devido ao aumento da concorrência internacional e à mudança dos clientes para fornecedores locais a fim de evitar problemas de comércio e transporte pós-Brexit. A pesquisa revelou que a produção industrial do Reino Unido e o volume de novos pedidos diminuíram principalmente nos setores de bens intermediários e de investimento. O nível de emprego no setor industrial caiu pelo oitavo mês consecutivo devido a demissões, não substituição de funcionários que saíram e excesso de pessoal. Como ponto positivo, tanto as pressões de custo quanto os problemas da cadeia de suprimentos diminuíram em maio. As empresas associaram esse fato à melhor disponibilidade de materiais e à redução de problemas logísticos. Os preços de venda também aumentaram em um ritmo mais lento. As perspectivas dos produtores de mercadorias permaneceram positivas em maio, em meio a indícios positivos de lançamentos de novos produtos, esperanças de um ambiente de custos mais propício e uma perspectiva de recuperação do mercado. “Mais aumentos nas taxas de juros, aumentando os custos das empresas, e a pressão da inflação teimosa continuarão a manter os empresários acordados à noite”, disse John Glen, economista-chefe da CIPS. “A ameaça de recessão, por pouco não ocorrida no final do ano passado, ainda não passou completamente, de modo que as empresas estarão apertando os cintos para os tempos de vacas magras que estão por vir, o que pode incluir mais demissões e operações reduzidas.”