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Os resultados da pesquisa da S&P Global divulgados na sexta-feira revelaram que o setor industrial da zona do euro permaneceu em contração, embora tenha sido observada uma diminuição na deterioração da produção e dos pedidos. O Índice dos Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial HCOB final registrou 44,2 em novembro, superando os 43,1 registrados em outubro. Essa pontuação representa o patamar mais elevado desde maio e está acima da estimativa provisória de 43,8. Em novembro, a produção industrial continuou a cair, porém a taxa de declínio foi a mais suave desde maio. Esse declínio mais lento na produção coincidiu com uma redução menos significativa no volume de novos pedidos. Os fabricantes demonstraram menor agressividade nos esforços de desestocagem, com os níveis de estoques pré e pós-produção diminuindo a taxas mais moderadas. Os pedidos em atraso diminuíram em novembro, estendendo um período contínuo de redução nos negócios pendentes por um ano e meio. Os produtores reduziram sua capacidade de contratação de pessoal pelo sexto mês consecutivo, com a taxa de redução de empregos alcançando o patamar mais acelerado desde agosto de 2020. Durante o mês, houve um aumento na confiança das empresas, atingindo o nível mais forte em três meses. Paralelamente, os prazos de entrega dos fornecedores diminuíram pelo décimo mês consecutivo. Adicionalmente, observou-se uma acentuada redução nos custos enfrentados pelas fábricas da zona do euro. Os preços dos insumos arrefeceram, atingindo seu ponto mais baixo desde abril, enquanto os encargos de produção diminuíram, refletindo custos mais baixos. Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, indicou que os índices PMI atuais sugerem que o ponto de inflexão pode ainda estar distante. Ele acrescentou que, embora a desaceleração esteja amplamente disseminada por toda a zona do euro, a dinâmica difere entre as principais economias da união monetária. Na Alemanha, a desaceleração diminuiu em novembro, com as empresas relatando quedas menos acentuadas na produção e nos volumes de novos pedidos nos últimos seis meses. Entretanto, o setor industrial francês permaneceu sob intensa pressão devido à rápida deterioração nos volumes de novos pedidos e na produção. A atividade industrial na Espanha também apresentou contração, porém a um ritmo mais lento. Da mesma forma, a atividade industrial na Itália encolheu devido à produção e aos pedidos mais fracos. O PMI industrial final da Alemanha subiu para 42,6 em novembro, em comparação com os 40,8 registrados em outubro, marcando o quarto aumento mensal consecutivo do índice. A leitura preliminar indicava 42,3. Na França, o PMI industrial pouco se alterou em relação ao recorde de baixa de 41 meses registrado em outubro, aumentando marginalmente de 42,8 para 42,9 em novembro, enquanto a estimativa inicial era de 42,6. O PMI industrial da Espanha aumentou mais do que o esperado, atingindo 46,3 em novembro, comparado a 45,1 em outubro. A previsão era de que a pontuação subisse para 45,5. Por fim, o PMI industrial da Itália caiu para 44,4, de 44,9 em outubro, representando a contração mais acentuada desde junho e ficando abaixo da previsão dos economistas, que apontava para 45,3.