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O dólar americano cai 4,9% em julho e já está perto de demonstrar a pior dinâmica mensal dos últimos dez anos.
"A principal razão para o declínio do dólar é o surgimento de novos casos de COVID-19 nos Estados Unidos em meados de junho, o que resultou na diminuição do consumo e na deterioração da economia nacional", disse Yusuke Uno do Sumitomo Mitsui Bank.
Além disso, os últimos dados revelam que o PIB dos EUA contraiu 32,9% ao ano, o que é um recorde para toda a história de observações.
O primeiro trimestre de 1958 foi considerado o pior antes, durante o qual o PIB dos EUA caiu 10%.
Entretanto, o declínio atual difere dos anteriores em termos de que foi catalisado por medidas de distanciamento social destinadas a retardar a propagação da COVID-19 nos Estados Unidos. Isso levou a uma desaceleração da atividade econômica no país.
Assim, presume-se que se dentro dos próximos dois meses o coronavírus não forçar as autoridades americanas a reintroduzir restrições rigorosas de quarentena, então o PIB americano para o terceiro trimestre será melhor do que o segundo.
Infelizmente, o recente surto de coronavírus atrasou a recuperação da economia dos EUA, portanto, no terceiro trimestre, é improvável que a recuperação tenha a forma de V.
Como resultado, o índice do dólar caiu 92,56 pontos, o nível mais baixo desde maio de 2018, depois que os EUA reportaram um declínio recorde no PIB nacional.
"É difícil dizer se o dólar já chegou ao fundo do poço". A economia americana ainda está fraca, e não há uma perspectiva clara de que a pandemia esteja em breve retrocedendo", disse Akio Kato da Mitsubishi UFJ Kokusai Asset Management.
A enorme venda do dólar aumentou EUR / USD acima de máximos de dois anos por volta de 1.1908. Entretanto, uma correção é possível, especialmente se os investidores começarem a revisar suas posições antes do final do mês.
Mas, os analistas do Commerzbank observam que a diminuição da demanda no dólar americano é justificada, e a correção do par EUR / USD é provável que seja limitada.
"A política monetária ultra-suave do Fed, os baixos rendimentos recordes de títulos do governo americano, a luta mais bem sucedida da Europa contra o coronavírus do que os Estados Unidos e a proposta do presidente americano Donald Trump de adiar as eleições presidenciais americanas são as razões pelas quais o dólar enfraqueceu recentemente. Assim, o euro tem a oportunidade de alcançar um preço de 1,20 dólares", disseram eles.
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