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O forte aumento das infecções pela COVID-19 na semana passada pode forçar muitos bancos centrais a reconsiderar sua postura sobre a política monetária. No entanto, as mudanças ocorrerão apenas no segundo semestre deste ano.
Em qualquer caso, muitos já esperam que as economias encolherão neste primeiro trimestre, especialmente em meio a bloqueios em curso. Além disso, há grandes chances de os bancos centrais manterem as taxas de juros nos níveis atuais, sem recorrer a novos estímulos à economia.
Na semana passada, a presidente do BCE, Christine Lagarde, anunciou uma avaliação bastante positiva da economia europeia. Ela disse que as projeções que o banco divulgou em dezembro passado, junto com os dados atuais, sugerem uma taxa de crescimento do PIB mais ativa. Ela também destacou a redução das incertezas após as eleições nos Estados Unidos e o acordo comercial do Brexit, bem como as perspectivas econômicas mais positivas em meio ao início das vacinações da COVID-19 no país.
Por isso, muitos acreditam que o BCE não reforçará seu estímulo monetário para sair da crise. Segundo eles, os programas em curso são suficientes para a economia da UE.
No que diz respeito aos relatórios econômicos, vieram dos Estados Unidos indicadores macroeconômicos bastante fracos, porém a posição do dólar no mercado ainda é bastante elevada, o que vai contra toda a lógica. Parece que os comerciantes estão se concentrando mais nos eventos políticos e em como eles podem afetar a economia no futuro, então os dados negativos causados pela pandemia são nivelados pelos trilhões de dólares que continuarão a ser injetados na economia dos EUA.
De acordo com o relatório, as vendas no varejo dos EUA caíram 0,7% em dezembro, enquanto os economistas esperavam uma queda de apenas 0,2%. Essa redução prova o sério impacto dos bloqueios na economia dos EUA.
O sentimento do consumidor também diminuiu devido à pandemia, uma vez que muitos clientes estão menos confiantes em seu futuro. Com isso, o índice que reflete o grau de confiança das famílias caiu para 79,2 pontos em janeiro, enquanto analistas esperavam queda para 80 pontos. Dado que o valor ainda é preliminar e não inclui o novo programa de co-benefícios de Joe Biden, o valor final pode ser diferente.
De qualquer forma, o índice de condições econômicas atuais também caiu para 87,7 em janeiro, enquanto o índice de expectativas econômicas caiu de 74,6 pontos para 73,8 pontos.
Mas em termos de produção industrial está tudo em ordem. O relatório de dezembro mostrou crescimento bem acima das projeções, ou seja, alta de 1,6% ante os 0,5% esperados.
A utilização da capacidade industrial também saltou para 74,5% em dezembro.
Além disso, os estoques dos EUA também subiram em novembro, embora marginais. Segundo o relatório divulgado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, os estoques das empresas aumentaram em linha com as estimativas dos economistas, portanto, em novembro do ano passado, aumentaram 0,5% em relação a outubro, onde o crescimento foi de 0,8%. Os economistas, por sua vez, esperavam que o número aumentasse apenas 0,5%.
Em relação à economia da UE, o Banco Central da Itália disse que vai crescer 3,5% este ano, e depois crescer 3,8% no próximo ano. Então, ele diminuirá para 2,3% em 2023.
Com relação ao EUR / USD, há uma grande chance de que a queda continue, pelo menos até quarta-feira, quando Joe Biden é empossado. Grandes distúrbios são esperados nos EUA, então os investidores não se apressarão em comprar ativos de risco neste contexto. Para adicionar a isso, a próxima reunião do Banco Central Europeu é um impedimento para os compradores de euros. A este respeito, uma quebra abaixo de 1,2065 apenas aumentará a pressão sobre o EUR / USD, o que pode desencadear uma queda acentuada para 1,2020 e 1,1980. Mas se a cotação retornar a 1,2140, o euro pode subir para 1,2220 ou 1,2280 e, em seguida, para 1,2350.
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