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Enfrentando sua pior performance mensal em 4,5 anos em junho, o ouro está gradativamente recuperando-se e até tentando manter-se no importante nível psicológico de $1.800 por onça, em meio à deterioração do apetite de risco global e aos rendimentos decrescentes do Tesouro dos EUA. Talvez o diabo não seja tão terrível quanto dizem e o metal precioso conseguirá lamber suas feridas. Ou, pelo contrário, haverá uma tendência de baixa a longo prazo no XAU/USD?
Dinâmica mensal do ouro
A resposta dessa questão não é tão fácil. Apesar das enormes vendas no início do inverno, os investidores continuam segurando seus investimentos em ETFs orientados no ouro e AvaTrade acredita que, após uma série de dados decepcionantes dos EUA, o Fed decidirá manter sua política monetária ultra suave por mais tempo. A euforia dos mercados sobre a aceleração da inflação e o rápido crescimento do PIB desaparecerão. Os rendimentos do Tesouro continuam caindo, permitindo que o metal precioso volte acima de $1.900 por onça. O Fundo de Investimentos Escocês prevê que a inflação logo sairá do controle do Fed, o que terá um efeito favorável nos preços do ativo analisado. A empresa sugere recordar a história da década de 1970, quando contra o cenário do crescimento sem restrições do CPI, o regulador sentiu-se como um peixe fora d'água.
No lado oposto das barricadas está Morgan Stanley, que diz que o fortalecimento do dólar dos EUA e as maiores taxas reais na dívida dos EUA continuarão deixando o ouro escravizado. Como resultado, ele caíra para $1.700 por onça nos próximos 6 meses. De acordo com JP Morgan, os rendimentos do Tesouro parece muito baixos, em termos de um modelo baseado no crescimento econômico e na política monetária. A empresa atribui isso a curtas líquidas especulativas demasiadamente infladas, que, de tempos em tempos, fecham em meio a estatísticas decepcionantes dos EUA, como após a publicação dos dados da atividade de negócios de junho, fora do setor de fabricação, do Instituto para Gestão de Fornecimento.
Desvios da rentabilidade das obrigações do Tesouro dos EUA de valores justos
Na minha opinião, o ouro é como uma barra de pesos. Fica bem em pontos extremos - em tempos de altas excessivas ou uma inflação baixa. Hoje, a economia norte-americana e outras estão no meio, o que cria uma séria pressão no metal precioso.
Além disso, é necessário entender que ele não está reagindo à inflação em si, mas sim ao que o Fed pensa sobre a inflação. A respeito disso, o cálculo dos investidores, de que o destino do XAU/USD será decidido nas minutas da reunião de julho do FOMC, parece lógico. Sete membros do Comitê do Mercado Aberto acreditam que as taxas aumentarão em 2022, seis esperam que isso ocorra em 2023 e o resto prevê uma restrição posterior da política monetária.
Tecnicamente, a recuperação do ouro após atingir o alvo intermediário de 61,8%, de acordo com o padrão de tubarão, parece lógico. Um ataque sem sucesso da resistência em $1.813 por onça (38,2% Fibonacci da onda CD) seguido por uma queda abaixo de $1.793 (23,6%) são motivos para vender.
Ouro, gráfico diário
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