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O padrão de onda do GBP/USD permanece um tanto ambíguo, mas ainda gerenciável. No momento, há uma forte probabilidade de formação de uma tendência de baixa no longo prazo. A Onda 5 assumiu uma forma convincente, o que sugere que a Onda 1 maior está concluída. Se essa hipótese estiver correta, o par está agora no processo de formação da Onda 2, com alvos na faixa de 1,26 a 1,28. As duas primeiras subondas dessa onda parecem estar completas, e a terceira pode se encerrar a qualquer momento.
A recente valorização da libra esterlina foi impulsionada principalmente pelo chamado "fator Trump", que segue como seu principal suporte. No entanto, em um horizonte mais longo – além de alguns dias –, a libra ainda carece de uma base fundamental sólida para continuar subindo. Tanto o Banco da Inglaterra quanto o Fed ajustaram recentemente suas posturas de forma mais favorável à libra, já que o BoE agora também não demonstra urgência em cortar os juros. A atual estrutura de onda segue intacta, mas qualquer nova alta mais expressiva pode levantar dúvidas sobre sua sustentabilidade.
O GBP/USD avançou 30 pontos-base na terça-feira. No entanto, pode cair entre 50 e 60 pontos durante a sessão dos EUA, já que nem compradores nem vendedores têm um motivo claro para operar ativamente no curto prazo. Os dados de PMI divulgados ontem nos EUA e no Reino Unido foram mistos, e hoje não houve nenhum comunicado relevante, relatório ou discurso. Assim, a valorização da libra na primeira metade do dia não tem justificativa fundamental e pode ser corrigida ao longo do dia – se não hoje, possivelmente amanhã.
Nos últimos dias, não houve novos anúncios concretos de Donald Trump sobre tarifas. Mais precisamente, ele continua mencionando o tema com frequência, mantendo os mercados em alerta. No entanto, segundo fontes da Casa Branca, sua postura pode estar se tornando um pouco mais moderada. Isso não significa um abandono total das tarifas contra a União Europeia, mas elas podem ser ajustadas para algo mais seletivo e direcionado. O mesmo vale para outros países, incluindo o Reino Unido.
No momento, o mais relevante não é quais países serão alvo das tarifas dos EUA, mas sim o impacto na demanda pelo dólar, que está caindo – sem necessariamente aumentar a demanda pelo euro ou pela libra. Assim, novas tarifas podem fortalecer essas moedas simplesmente porque o dólar estaria se desvalorizando. Vale destacar que, embora as tensões tarifárias tenham diminuído nos últimos dias, isso não ajudou significativamente o dólar. Por isso, é difícil prever o que poderia impulsionar uma nova desvalorização da moeda norte-americana.
O padrão de onda do GBP/USD indica a continuidade da tendência de queda, assim como da Onda 2. Neste momento, a melhor estratégia parece ser buscar novos pontos de entrada para vendas, já que a estrutura atual ainda sugere o desenvolvimento do movimento descendente iniciado no outono passado. No entanto, permanece incerto como – e por quanto tempo – as políticas de Donald Trump continuarão influenciando o sentimento do mercado. Dentro da atual estrutura de onda, a valorização da libra parece excessiva. As reuniões do BoE e do FOMC poderiam ter servido como gatilho para o início da Onda 3, mas, até o momento, isso não se confirmou.
Em uma escala de onda mais ampla, houve uma mudança na estrutura. Agora, é possível presumir a formação de uma tendência de baixa, já que o movimento ascendente de três ondas anterior parece concluído. Se essa suposição estiver correta, devemos aguardar uma Onda 2 ou b corretiva, seguida por uma Onda 3 ou c impulsiva.
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