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A estrutura de ondas do GBP/USD também passou a exibir uma formação impulsiva de alta — "graças" a Donald Trump. O padrão de ondas é quase idêntico ao observado no EUR/USD. Até 28 de fevereiro, desenvolvia-se uma estrutura corretiva bastante convincente, sem gerar grandes preocupações. No entanto, a demanda pelo dólar norte-americano começou a cair rapidamente, culminando na formação de uma estrutura altista composta por cinco ondas. Com isso, no curto prazo, é provável vermos a construção de três ou cinco ondas corretivas, seguidas pela onda 3 de uma nova tendência de alta em escala global.
Considerando que o pano de fundo noticioso do Reino Unido não teve impacto relevante na forte valorização da libra, é possível concluir que apenas Donald Trump está movendo os mercados cambiais. Caso (hipoteticamente) sua política comercial mude de rumo, a tendência poderá se inverter — desta vez, para baixista. Assim, nos próximos meses (ou até anos), será essencial monitorar atentamente todas as decisões vindas da Casa Branca.
Nesta segunda-feira, o par GBP/USD caiu 80 pontos-base em relação ao fechamento de sexta-feira. Sinceramente, não está totalmente claro por que a demanda pelo dólar aumentou tão repentinamente, mas o mercado se mostra bastante confuso no momento. Os mercados estão em colapso, e os fluxos de capital estão sendo redirecionados e redistribuídos. Como a cotação do dólar depende diretamente de outros mercados, não é possível afirmar com convicção que uma nova tendência de alta tenha começado para a moeda americana. Como já destaquei em análises anteriores, era esperada uma fase corretiva de baixa. Embora o declínio atual não tenha as características de uma correção clássica, o par de fato está em queda — o que indica que o movimento segue o novo plano.
Infelizmente, fazer previsões com um horizonte superior a um mês, enquanto Trump permanecer na presidência, é uma tarefa ingrata. O presidente tem semeado medo, pânico e caos nos mercados, e esperar um comportamento "didático" por parte dos ativos neste cenário é pouco realista. O Reino Unido não quer uma guerra comercial com os EUA — quer um acordo. Talvez a explicação para a valorização do dólar esteja aí. O governo britânico afirmou que protegerá empresas e consumidores. O primeiro-ministro Keir Starmer garantiu que o país continuará defendendo os princípios do comércio justo — mas não mencionou tarifas retaliatórias nem quaisquer medidas contra Washington.
Apoiar é importante — mas quem garante que Trump não imporá novas tarifas até mesmo contra aliados próximos, como o Reino Unido? Já ficou claro que "proximidade" e "amizade" pouco significam para o presidente dos EUA — México e Canadá foram alguns dos primeiros a sofrer com tarifas. Resta saber por quanto tempo o Reino Unido e seu primeiro-ministro permanecerão em silêncio, limitando-se a "apoiar empresas e consumidores".
O padrão de onda do GBP/USD mudou. Agora estamos lidando com um segmento de tendência impulsivo e de alta. Infelizmente, com Donald Trump em cena, os mercados podem continuar a experimentar uma grande volatilidade e reversões que desafiam a contagem de ondas e todas as formas de análise técnica. Assim, por enquanto, devemos esperar um conjunto de ondas corretivas, cuja escala dependerá de Trump - especificamente, de quando novas tarifas serão introduzidas. Depois disso, poderemos ver o desenvolvimento da terceira onda de alta, mas somente se a postura de Trump em relação à política comercial não der uma guinada de 180 graus.
No intervalo gráfico superior, o padrão de onda também se transformou. Agora, podemos supor que um segmento de tendência de alta está se desenvolvendo. Os alvos mais próximos são 1,2782 e 1,2650.
Princípios fundamentais da minha análise:
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