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Na segunda-feira, o par de moedas EUR/USD permaneceu paralisado. Não houve atualizações no fim de semana por parte de Donald Trump sobre os desdobramentos comerciais, e nenhum dado ou evento importante estava programado para segunda-feira. Assim, o mercado não teve nada a que reagir durante o dia. No entanto, o par EUR/USD já vem sendo negociado dentro de um canal lateral há três semanas. Nos últimos dias, a volatilidade também diminuiu significativamente. Ainda assim, não se deve concluir que o mercado se acalmou — na verdade, o mercado está em compasso de espera. Poucos acreditam que Trump deixará de aumentar ou introduzir novas tarifas. Já circulam relatos sugerindo possíveis aumentos tarifários de até 20% para a União Europeia. Enquanto isso, a China não está envolvida em negociações com os Estados Unidos, o que pode frustrar profundamente Trump, que esperava fechar um acordo em três a quatro semanas. Portanto, ainda é cedo para falar em fim ou distensão da guerra comercial global.
É preciso reconhecer que muitos países da "lista de Trump" estão negociando acordos comerciais com os EUA. Contudo, como dissemos há dois meses, são principalmente países fracos — econômica, geográfica ou geopoliticamente — que buscam um entendimento com o conflituoso e "justo" presidente americano. Por exemplo, a Hungria (ainda que seja membro da UE) está ansiosa por garantir um acordo. O Vietnã, que enfrenta tarifas de importação de 46%, também se esforça para negociar. Há conversas em andamento com a Coreia do Sul, Japão e diversos outros países. Mas nesta lista faltam pesos-pesados notáveis como o Canadá, a União Europeia e a China.
Para ser preciso, há consultas em andamento com Bruxelas, mas não há qualquer sinal de que um acordo comercial esteja próximo. O mercado não se anima com progressos nas negociações com o Vietnã. O mercado americano e os investimentos dos EUA correspondem à metade da economia vietnamita. Os EUA são um parceiro econômico importante para a UE e a China, mas a cooperação com os EUA é bem menos vital do que é para o Vietnã. Também é importante entender que os Estados Unidos são concorrentes da UE e da China, enquanto o Vietnã dificilmente compete com os americanos. Assim, os países mais fracos buscam acordos com Trump, enquanto os mais fortes resistem e exigem um acordo justo e equilibrado.
O mercado está interessado em avanços com a China e a UE. Sem progresso, o dólar não consegue ganhar força frente aos seus principais concorrentes. Por isso, após atingir uma nova máxima, o preço simplesmente passou a se mover lateralmente por três semanas. Os movimentos atuais tampouco podem ser descritos como técnicos, já que mal se observam correções. Dessa forma, há 90% de probabilidade de que os movimentos (ou a ausência deles) nesta semana dependam exclusivamente do presidente dos Estados Unidos.
A volatilidade média do par EUR/USD nos últimos cinco dias de negociação, com base em dados até 29 de abril, foi de 101 pips, o que é considerado elevado. Para esta terça-feira, espera-se que o par oscile entre os níveis de 1,1284 e 1,1485.
O canal de regressão de longo prazo segue apontando para cima, indicando uma tendência de alta no curto prazo. Já o indicador CCI entrou pela terceira vez na zona de sobrecompra, o que sinaliza uma possível fase de correção — embora, até agora, essa correção permaneça fraca, assim como nas vezes anteriores.
S1 – 1.1230
S2 – 1.0986
S3 – 1.0742
R1 – 1.1475
R2 – 1.1719
R3 – 1.1963
O par EUR/USD mantém uma tendência de alta no curto prazo. Há meses, temos reiterado a expectativa de queda do euro no médio prazo — e esse cenário permanece inalterado. O dólar, por sua vez, ainda não apresenta fundamentos sólidos que justifiquem uma desvalorização no médio prazo — exceto pelo fator Donald Trump. No entanto, esse único elemento continua a pressionar o dólar para baixo, enquanto o mercado parece ignorar os demais fatores econômicos relevantes.
Para quem opera com base na análise técnica pura ou no chamado "fator Trump", as posições compradas seguem válidas enquanto o preço se mantiver acima da média móvel, com alvo em 1,1719. Caso o preço se consolide abaixo da média móvel, passam a ser consideradas posições de venda, com objetivos em 1,1230 e 1,0986 — embora, no momento, seja difícil acreditar em uma recuperação sustentada do dólar.
Nas últimas semanas, não houve avanços significativos quanto à intensificação ou ao arrefecimento da guerra comercial, o que explica a movimentação lateral persistente do mercado.
Os canais de regressão linear auxiliam na identificação da tendência vigente. Quando ambos os canais estão alinhados, isso indica uma tendência forte e bem definida.
A média móvel suavizada (parâmetros: 20,0) define a tendência de curto prazo e serve como guia para a direção das negociações.
Os níveis de Murray funcionam como pontos-alvo para movimentos de alta ou correções.
As linhas de volatilidade (vermelhas) indicam a faixa de preço provável para o par nas próximas 24 horas, com base nas leituras de volatilidade atuais.
O indicador CCI: quando entra na zona de sobrevenda (abaixo de -250) ou sobrecompra (acima de +250), sinaliza uma possível reversão de tendência na direção oposta.
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