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A estrutura de ondas no gráfico do par GBP/USD continua indicando a formação de um padrão impulsivo de alta. O arranjo das ondas é bastante semelhante ao observado no EUR/USD, já que o principal fator aqui é, novamente, o dólar americano. A queda generalizada na demanda pelo dólar tem provocado dinâmicas semelhantes em diversos instrumentos. A onda 2 dentro do segmento de alta formou-se em um único movimento corretivo. No interior da suposta onda 3, as ondas 1 e 2 já foram concluídas. Portanto, espera-se a continuidade do movimento de alta da libra como parte da onda 3 de 3, o que é exatamente o que observamos neste momento.
Vale destacar que grande parte do que acontece atualmente no mercado cambial está diretamente ligado às políticas de Donald Trump — e não apenas às comerciais. Mesmo dados econômicos positivos vindos dos EUA acabam sendo ofuscados pelas incertezas geradas pelas decisões contraditórias do governo, pela postura protecionista e pelo aumento dos riscos geopolíticos. O dólar encontra dificuldade até mesmo para transformar boas notícias em pressão compradora — e, até agora, não tem conseguido fazê-lo.
O par GBP/USD recuou cerca de 100 pontos-base na segunda metade da terça-feira. Na noite de quarta-feira, Jerome Powell anunciará o resultado da quarta reunião de política monetária do Federal Reserve em 2025, seguido da decisão do Banco da Inglaterra na quinta-feira. Não é preciso ser um gênio para antecipar a provável reação do mercado. Até aqui, em 2025, o dólar americano não fez outra coisa senão enfraquecer. O Fed ainda não realizou sequer uma rodada de afrouxamento monetário, mantendo sua taxa em 4,5%, enquanto o Banco da Inglaterra já reduziu os juros duas vezes este ano, e o BCE, quatro vezes.
Pelos fundamentos tradicionais, seria natural esperar uma valorização do dólar — e não da libra ou do euro. No entanto, a realidade é bem diferente.
As políticas de Trump desestimularam os participantes do mercado a buscar o dólar. A moeda americana já não é vista como "porto seguro" ou como "a número 1 do mundo". A demanda segue em declínio constante, o que faz com que as decisões dos bancos centrais tenham hoje pouco impacto sobre o sentimento de mercado. Já se entende que, mesmo que o Fed suba os juros, isso dificilmente será suficiente para atrair novamente os fluxos de capital para os EUA. Nada disso anula o caos instaurado por Trump em seus primeiros meses de segundo mandato. Até aqui, não há conquistas econômicas significativas — apenas um acordo comercial com o Reino Unido, que parece mais um prêmio de consolação do que uma vitória estratégica.
Talvez eu esteja me antecipando, e futuras conquistas possam restaurar a confiança no dólar. Mas, por ora, ele só encontrará suporte contra todas as probabilidades — ou, quem sabe, por pura ironia do destino, na clássica atuação da Lei de Murphy.
O padrão de ondas para o GBP/USD permanece intacto: segue em formação um segmento impulsivo de alta. Sob a liderança de Donald Trump, os mercados ainda podem enfrentar muitos choques e reversões de tendência que desafiam tanto a teoria das ondas quanto a análise técnica. No entanto, por enquanto, o cenário principal segue válido, com as políticas de Trump continuando a suprimir a demanda pelo dólar. A meta para a onda 3 está situada em torno de 1,3708, correspondente à extensão de 200,0% de Fibonacci da presumida onda global 2. Assim, sigo considerando oportunidades de compra, já que o mercado não apresenta sinais de reversão da tendência atual.
Na escala de ondas de prazo mais longo, a estrutura também mudou para um padrão de alta. É provável que um novo segmento de tendência ascendente esteja se desenvolvendo, embora ainda não pareça concluído. Por ora, a continuidade do movimento de alta permanece como o cenário mais provável.
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