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O padrão de ondas no gráfico BTC/USD de 4 horas tornou-se mais complexo nos últimos meses. Formou-se uma estrutura corretiva descendente, que foi concluída próximo ao nível de US$ 75.000. A partir daí, iniciou-se um movimento ascendente bastante forte, que pode ser interpretado como uma tendência impulsiva de alta. A segunda onda desse segmento foi muito superficial e pouco convincente, o que reforça a interpretação de que estamos diante de uma estrutura impulsiva. Se for esse o caso, ainda falta uma quinta onda bem definida, cujo topo deve superar o da onda 3. Com base nisso, continuo esperando mais um impulso ascendente. Uma tentativa bem-sucedida de romper o nível de 100,0% de Fibonacci sinalizaria a continuação desse movimento, que pode se estender ainda mais, dependendo das condições de mercado.
O contexto noticioso tem sido favorável ao Bitcoin, mas de forma inconsistente. Diria que os participantes do mercado interpretam praticamente qualquer notícia como positiva para a principal criptomoeda — ou simplesmente a ignoram e seguem comprando. Estamos observando a formação de uma tendência ascendente impulsionada sobretudo pela emoção, pela demanda e pela fé na valorização contínua do Bitcoin. A alta de US$ 75.000 para US$ 111.000 apresenta características típicas de um movimento especulativo acelerado, que, frequentemente, é seguido por correções.
Nas últimas semanas, o BTC/USD tem sido negociado dentro da faixa de US$ 101.560 (76,4% de Fibonacci) e US$ 109.970 (100,0% de Fibonacci). A estrutura de ondas do movimento iniciado em 9 de abril ainda parece incompleta — falta uma quinta onda clara, especialmente porque todo esse ciclo assume características impulsivas. Alguns analistas acreditavam que uma escalada no conflito no Oriente Médio ou a decisão do Fed poderiam impactar o preço do Bitcoin, mas isso não se confirmou. A reação do mercado ao conflito entre Israel e Irã foi limitada. Da mesma forma, a reunião do Fed não gerou nenhuma resposta significativa. Diante disso, sigo considerando provável que vejamos essa quinta onda se formar.
A escalada no Oriente Médio, em tese, representa um fator negativo para o Bitcoin, já que investidores, em tempos de tensão geopolítica, tendem a buscar ativos considerados "portos seguros". Nessas circunstâncias, ativos de risco, como o próprio Bitcoin, costumam perder atratividade. No entanto, a demanda pela criptomoeda praticamente não se reduziu na última semana, o que sugere que o mercado permanece disposto a sustentar as compras.
Por outro lado, o Bitcoin já está próximo de seus máximos históricos. Muitos economistas e analistas continuam projetando preços entre US$ 150.000 e US$ 200.000 ainda este ano, mas poucos oferecem argumentos consistentes que justifiquem esse otimismo. A tese do "crescimento da demanda institucional" pode, de fato, ser um fator relevante, mas, na minha visão, seriam necessárias razões mais robustas para sustentar uma valorização de 1,5 a 2 vezes nos níveis atuais. Assim, tendo a acreditar que o Bitcoin já tem pouco espaço adicional para subir.
Conclusões gerais
Com base na análise do BTC/USD, concluo que a estrutura da onda ascendente ainda está em desenvolvimento, embora apresente um comportamento atípico e fundamentos frágeis. O contexto noticioso não foi o principal catalisador da forte alta do Bitcoin, e o nível de US$ 110.000 limitou a força dos compradores pela quarta vez consecutiva.
Ignorando a contagem de ondas, é possível afirmar que começa a se formar uma nova tendência de baixa. Portanto, pode-se esperar uma nova onda — pelo menos corretiva — com alvos abaixo de US$ 100.200. Ainda assim, seguimos sem a formação de uma quinta onda bem definida.
Em uma escala de onda maior, a tendência de alta permanece, mas sua estrutura interna segue bastante ambígua, refletindo a quase total ausência de ondas corretivas.
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