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A moeda europeia vem apresentando alguma demanda nas últimas duas semanas; porém, apesar de essa constatação soar promissora, na prática observamos um avanço muito limitado do euro. Mesmo no gráfico do EUR/USD, fica evidente que não vimos nada além de mais uma onda corretiva, entre inúmeras outras ondas e estruturas de correção. As metas formais da onda 3 ou C proposta já foram atingidas, de modo que o par pode iniciar uma nova queda já na próxima semana. Esse movimento pode ocorrer como parte da onda 4 da mesma estrutura corretiva de alta ou dentro de uma nova estrutura de baixa. A essência, porém, permanece a mesma: o euro ainda não consegue retomar a formação de uma tendência consistente de alta.
O pano de fundo das notícias tem funcionado, ultimamente, quase como uma última esperança de direcionamento. O mercado, em grande parte, segue lateralizado. Há cinco meses consecutivos, as negociações ocorrem entre as regiões de 1,14 e 1,18. Dentro desse intervalo, formaram-se inúmeras ondas corretivas. A cada semana, os traders destacam os eventos mais importantes do calendário, esperando que, desta vez, o mercado não ignore mais uma reunião do FOMC, mais um anúncio de tarifas de Donald Trump, mais uma "calamidade econômica" nos EUA, ou algo semelhante. No entanto, o que seguimos observando é correção após correção.
Na próxima semana, a situação pode continuar a mesma. Na Zona do Euro, apenas dois relatórios e um discurso relevante estão previstos para os próximos cinco dias. A Alemanha divulgará primeiro os dados de produção industrial, e, no fim da semana, será publicado o índice de inflação de novembro — cujos números preliminares o mercado já conhece. Além disso, na quarta-feira, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fará um discurso. As chances de que a chefe do BCE traga declarações realmente relevantes são baixas, ainda que não inexistentes. Sinceramente, ao observar o atual panorama de notícias europeias, nada desperta grande expectativa. É bastante provável que esses eventos não tragam novidades capazes de alterar a dura realidade do EUR/USD.
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua a desenvolver o segmento ascendente da tendência. O mercado entrou em um período de estagnação nos últimos meses, mas as políticas de Donald Trump e as ações da Reserva Federal seguem como fatores relevantes para uma futura desvalorização do dólar americano. Os alvos para o atual segmento da tendência podem se estender até a região da figura 1,25.
No entanto, o último movimento de alta voltou a apresentar um caráter corretivo; assim, uma onda descendente dentro desse segmento pode ter início, podendo, no cenário mais amplo, dar origem a um novo conjunto de ondas corretivas de baixa.
O cenário de ondas para o GBP/USD se transformou, mas essa mudança não invalida o movimento principal da tendência. Ainda continuamos a lidar com um segmento de impulso ascendente, porém sua estrutura interna tornou-se mais complexa. A estrutura corretiva descendente a-b-c-d-e dentro da onda C da 4 parece estar praticamente concluída. Se esse for, de fato, o caso, é esperado que o segmento principal da tendência retome sua formação, com alvos iniciais nas regiões das figuras 1,38 e 1,40. Ainda assim, a própria onda 4 também pode assumir uma configuração em cinco ondas.
No curto prazo, foi antecipada a formação da onda 3 ou c, com alvos em torno de 1,3280 e 1,3360, correspondentes aos níveis de Fibonacci de 76,4% e 61,8%. Essas metas já foram atingidas. A onda 3 ou C pode continuar seu desenvolvimento, porém o conjunto atual de ondas volta a apresentar caráter corretivo.
Dessa forma, uma queda no início da próxima semana também é um cenário possível, especialmente porque a tentativa de rompimento da região de 1,3360 não foi bem-sucedida.
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