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Essa é uma pergunta que muitos fazem no momento, mas tentar respondê-la é quase como ler borra de café. A taxa será reduzida, e isso em teoria deveria diminuir a demanda pelo dólar americano. No entanto, o mercado já espera esse movimento há semanas, como mostra a ferramenta CME FedWatch. Ou seja, a decisão do Federal Reserve pode já estar amplamente precificada.
Ainda assim, as contradições permanecem. O Fed já reduziu as taxas duas vezes neste outono sem causar qualquer instabilidade relevante ao dólar. Nem a paralisação do governo, nem a nova escalada da guerra comercial afetaram a moeda. Se o dólar não enfraqueceu nos últimos meses (e, na verdade, até se valorizou), como poderia o mercado ter antecipado e precificado um corte "dovish" em dezembro?
Nas últimas duas ou três semanas, a demanda pela moeda americana diminuiu, o que pode refletir o ajuste para a reunião de dezembro. Porém, como mencionei na análise anterior, além da decisão de taxa, teremos o novo dot-plot e os comentários de Powell. Serão três elementos combinados — e o impacto final dependerá de como eles convergirão.
Na minha avaliação, o dólar não trará clareza ao mercado de câmbio hoje. Suponhamos que aconteça uma forte alta do ativo esta noite. Esse avanço não transformará instantaneamente a atual estrutura corretiva ascendente em um movimento impulsivo. E, se isso de fato acontecesse, o ritmo de alta deveria ser muito mais acelerado do que tem sido nas últimas semanas e meses. Porém, o mercado tem mostrado pouca disposição para movimentos consistentes.
O resultado provável seria um dia de forte atividade seguido por uma volta à estagnação.
Agora, imaginemos o cenário oposto: uma queda acentuada esta noite (ou seja, fortalecimento do dólar). Isso indicaria o início de uma nova estrutura corretiva descendente, mais uma dentro da esperada onda global 4. Em ambos os casos, não há um desfecho especialmente favorável ou esclarecedor para o mercado.
Pessoalmente, acredito que a demanda pela moeda dos EUA deve cair de forma significativa esta noite — mas isso ainda é apenas uma hipótese baseada no contexto geral das notícias.
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua a desenvolver um movimento de tendência ascendente. Nos últimos meses, o mercado passou por uma fase de consolidação, mas tanto as políticas de Donald Trump quanto a postura atual do Fed seguem como fatores relevantes para uma futura desvalorização do dólar americano. Os alvos para o segmento de tendência em curso podem se estender até a região de 25. No entanto, o último impulso de alta voltou a apresentar características corretivas, o que indica que uma pequena onda de baixa dentro desse segmento pode estar prestes a se formar. A máxima atual, por sua vez, pode representar o início de uma nova estrutura corretiva de queda.
A estrutura de ondas do GBP/USD mudou. Ainda estamos lidando com um segmento de tendência impulsiva de alta, mas sua estrutura interna tornou-se mais complexa. A formação corretiva baixista a-b-c-d-e dentro de C em 4 parece estar praticamente concluída. Se esse for realmente o caso, espero que o segmento principal de tendência retome seu desenvolvimento, com alvos iniciais nas regiões das figuras 38 e 40. No entanto, a própria onda 4 pode eventualmente assumir uma configuração de cinco ondas.
No curto prazo, eu projetei a formação da onda 3 ou c, com alvos em torno de 1,3280 e 1,3360, correspondentes aos níveis de retração de Fibonacci de 76,4% e 61,8%. Esses alvos já foram atingidos. A onda 3 ou c pode continuar se estendendo, mas a estrutura atual tende novamente a um caráter corretivo. Portanto, uma queda ao longo desta semana é possível, e a tentativa de rompimento do nível de 1,3360 não obteve sucesso.
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