Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, disse que a atual crise bancária é completamente diferente da Crise Financeira Global (GFC) de 2008 - 2009 em quatro aspectos principais. O colapso de dois grandes bancos dos EUA - Silicon Valley Bank e Signature Bank - causou estragos no setor financeiro dos EUA. Especialistas temiam que o pânico pudesse causar outra crise financeira. Nesse contexto, houve uma retirada em massa dos depósitos por parte dos investidores e clientes para não perderem seus fundos. Embora o nervosismo do mercado tenha diminuído, as preocupações sobre a crise iminente ainda persistem. Enquanto isso, Mark Zandi nomeia quatro fatores que distinguem a crise atual da anterior:
1. Todas as instituições financeiras foram afetadas pela GFC.
Hoje, apenas os bancos pequenos e médios estão em baixa, enfrentando problemas financeiros. No GFC, quase todas as instituições financeiras foram impactadas.
2. Após o GFC, o setor financeiro dos EUA foi submetido as grandes reformas
O governo dos EUA teve que introduzir reformas maciças no sistema financeiro. Hoje em dia, tais reformas estão fora de questão, diz o analista. As reformas implementadas impediram o setor bancário dos EUA de tremores secundários. Hoje, os bancos americanos são capazes de “enfrentar cenários econômicos muito sombrios”.
3. O governo dos EUA agiu rapidamente para conter a crise.
Desta vez, o governo dos EUA respondeu rapidamente à crise. Em 2008 – 2009, os reguladores dos EUA não tomaram medidas oportunas para impedir o GFC. Além disso, o Federal Reserve dos EUA criou uma nova linha de crédito para os bancos para mantê-los vivos, o que “contrasta fortemente com a decisão de quebrar o Lehman Brothers durante o GFC”, acrescentou Zandi. Assim, os clientes não devem se preocupar com seus depósitos bancários.
4. O cenário econômico tornou-se diferente.
Zandi aponta que o cenário econômico atual é muito diferente daquele da Grande Crise Financeira. “A economia está crescendo fortemente, há muitos empregos e o desemprego é muito baixo. Quando o sistema financeiro desmoronou no GFC, a economia já estava há 9 meses em uma recessão significativa e colapso imobiliário”, escreveu Zandi no Twitter.